O QUE É O PROJETO MACUCULTURA

A proposta visa a realização do Macucultura, um Festival de Artes e Cultura das Comunidades Quilombolas de Minas Novas e Região do Vale do Jequitinhonha, no qual tem como proposta a valorização das tradições socioculturais das comunidades quilombolas com ênfase no respeito à ancestralidade e o empoderamento de homens e mulheres que mantém vivas sua religiosidade, seus ofícios, crenças, saberes e sabores de geração em geração.

Quem somos?

Como surgiu a ideia e projeto?

Quem idealizou?

A comunidade quilombola de Macuco, está localizada no município de Minas Novas/MG, atravessa quase três séculos de gerações, e foi nesta comunidade que nasceu O Macucultura – Festival de Artes e Cultura das Comunidades Quilombolas de Minas Novas e Região do Vale do Jequitinhonha pela idealizadora Agente e Produtora Cultural Quilombola Jussara Costa Alves, nascida, criada na Comunidade .Jussara Costa, como é mais conhecida, desde os 13 anos participa de ações e movimentos culturais, foi integrante do Congado dos Homens Pretos de Minas Novas por 02 (dois) anos, participou da edição do 14º Festivale em Minas Novas em 1993. Desde 2017 é criadora de conteúdo para redes sociais em questões envolvendo povos tradicionais e quilombolas. Como Produtora Cultural, fundou o Macucultura em 2017/2018, já com 03 (três) edições realizadas que vem crescendo e ganhando espaço pelo Vale do Jequitinhonha, o evento e projeto tem sido espaço de voz por tratar à cada edição de temas que repercute e representa a classe e povos das comunidades tradicionais quilombolas, conquistando e trazendo a participação de lideranças de toda a região. Em 2020 participou do encontro de Mulheres do Vale, da oficina de agentes culturais no 36° Festivale, em Serro. Em dezembro de 2019 criou o grupo de Congado Vozes do Macuco, e é coordenadora do Macucultura.

O Macucultura já foi realizado em três edições, em janeiro de 2018, inicialmente com as mais de duzentas famílias associadas diretamente ao território quilombola de Macuco, Gravatá, Pinheiro e Mata Dois; em janeiro de 2019 o evento alcançou cerca de 1200 pessoas dentro da comunidade. Em janeiro de 2020, a última edição ocorreu durante uma semana com atividades variadas, atraindo cerca de 1500 pessoas durante o evento presencial e cerca de 5000 pessoas interagindo pelas redes sociais.

O evento acolhe também moradores de comunidades vizinhas de Minas Novas, Veredinha, Turmalina, Capelinha, Chapada do Norte, Berilo, Francisco Badaró, Araçuaí, dentre outros visitantes que saem de outras cidades e até estados brasileiros que são recebidos através de uma hospedagem solidária e articulada pelas comunidades que fazem o receptivo. Contempla ainda pessoas de todas as idades, pois além de oferecer infraestrutura, realiza atividades voltadas especificamente para crianças, jovens, adultos e idosos.

O Macucultura desenvolve ações norteadas pela promoção de autonomia e emancipação, a valorização de saberes tradicionais, o senso de pertencimento enquanto sujeitos afro-quilombolas, a valorização do espaço ambiental e suas potencialidades aliadas à preservação, o protagonismo de agentes quilombolas, iniciativas de defesa dos direitos humanos e de justiça social.