A África é a origem das origens

Muitos militantes negros afirmam que os nossos passos vêm de longe, de fato, os nossos passos vem de muito longe, para além do mar atlântico, para além da escravidão. Os reinados africanos constituíram civilizações de grandeza e complexidade indefiníveis. Essas civilizações remontam desde os tempos mais antigos da humanidade, desde períodos no qual coisas cotidianas como escrita, governo, não eram reais ainda. Períodos nos quais a humanidade estava se descobrindo, mas a África havia emergido.

No quinto milênio a.C., povos migraram para regiões no entorno do Rio Nilo, se fixando devido a regularidade de chia do rio, o que tornava a região fértil a agricultura. Os povos que ali se estabeleceram desenvolveram uma complexa cultura, elaborando arte, artesanato, fromas econômicas e religiosas, assim como uma política que própria que acabou culminando em pequenas cidades na região. Um dia, esses povos permaneceram a sua cultural em comum e começaram a centralizar o poder político das cidades, levando em 3100 a.C. a unificação através do rei Menés, vindo a ser o primeiro Faraó do Egito a partir deste momento.

Mas não só o Egito Antigo, várias civilizações, reinados e grandes nomes viveram na África. A África é a origem das origens.

Imnhotep

Imhotep, pai da medicina, arquitetura e engenharia. O homem africano do Kemet que fundou as ciências médicas no chamado Egito Antigo e foi o projetista da primeira pirâmede. Além de tudo era considerado escritor, filósofo, astrólogo e exerceu funções públicas.

Ibn Khaldun, o real pai da História.

“Entre os primeiros historiadores da África, porém, encontra-se um muito importante, um grande historiador no sentido mais amplo do termo: referimo-nos a Ibn Khaldun (1336-1406) que, se fosse mais conhecido pelos especialistas ocidentais, poderia legitimamente roubar de Heródoto o título de ‘pai da história'”.

(História Geral da África Volume I: Metodologia e pré-história da África)

Diferente das sociedades europeias, em África, as mulheres reinaram, foram soberanas. Nunca inferiorizadas, governaram com seu povo:

Makeda (1005-950 a.C.)

Soberana de um gigantesco reino cuja a influência ia da Etiópia ao Sudão, à Síria, à Arábia e à Índia. Seu reinado foi caracterizado por grandiosas construções, tais como monumentos, estátuas e complexos urbanos com sistemas hidráulicos e represas. Além do controle que manteu sob um rico comércio de ouro, marfim, ébanos, óleos, especiarias e pedras preciosas.

Cleópatra (69 – 30 a.C.)

Aquela quem foi muito mais do que o papel que a representação popular a relegou. Poderosa rainha, estrategista e estadista, defendeu a soberania egípcia do imperialismo romano. Durante muito tempo, com grande competência política e grande poder de barganha, manteve a independência de um Egito em declínio.

Candaces

A tradição africana das rainhas-mães se estabeleceu no Kush (Núbia) e vigorou durante seiscentos anos. Essas rainhas exerciam soberania por direito próprio, e não na condição de esposas, em outras palavras, assumiam toda a responsabilidade administrativa civil e militar. Uma das candaces, Amanirenas, lutou contra o imperialismo romano, atacando as tropas romanas em 29 a.C., iniciando uma guerra que durou cinco anos. Com um poder bélico expressivamente superior, os invasores, deixando um rastro de destruição, avançaram até Napata – a capital. Quando cansadas, as tropas romanas foram atacadas pela rainha e ela conseguiu uma e direta com César Augusto. Os romanos, então, desistiram do tributo que desejavam cobrar.

Imagem Aventuras na história

Por Vinícius

Este post tem um comentário

  1. Jailson Salvador

    Gostei demais do texto e agradeço pela contribuição, Vinícius.

    Algumas frases estão incompletas. Pode ser o corretor. Por querer sorver ao máximo o que quis transmitir, deixo está percepção.

    Abraço
    Jailson

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